Mais da metade dos brasileiros nunca dosou as taxas de colesterol no sangue. E a outra metade provavelmente o fez apenas aos 40 anos de idade. Um atraso grave: as recomendações internacionais são de que o primeiro exame seja realizado aos 20. Caso nessa fase já se descubram níveis elevados do temido LDL, o teste deve ser repetido após um intervalo entre uma semana e dois meses da primeira dosagem, segundo o cardiologista José Renato das Neves, do Hospital Samaritano, em São Paulo. O objetivo é ter certeza de que o laboratório não cometeu nenhum erro ou mesmo afastar a possibilidade de que algum medicamento tenha interferido no resultado. Se as taxas altas forem confirmadas, será necessária uma dosagem anual.
Faixas etárias à parte, os especialistas dividem os pacientes em três grupos, de acordo com seu nível de risco e levando-se em conta fatores como sedentarismo, tabagismo, histórico familiar, pressão e dieta. Integra o time de alto risco quem já é refém de males como aterosclerose, insuficiência vascular e doença coronariana. Já os pacientes da categoria mediana têm uma probabilidade de 10% a 20% de desenvolver alguma doença cardíaca em dez anos. O grupo mais sortudo possui 10% de chance de vir a ter males do coração em uma década. Quem se enquadra na categoria de baixo risco pode se dar ao luxo de fazer a dosagem do colesterol apenas a cada cinco anos. Já no grupo de médio e após os 35 anos, o exame deve ser feito anualmente. Nos casos mais graves, é obrigatório repetir as medições de quatro em quatro meses.
Postado por: Bruna Poncioni
0 comentários:
Postar um comentário